Como educadora tenho uma grande preocupação com um problema que ocorre em todas as escolas: a falta de vontade de ler das crianças e dos adolescentes e consequentemente uma grande dificuldade de compreender problemas matemáticos, geografia, história, ciências e outros textos.
Este texto do professor de português Douglas Tufano, publicado na revista Construir do mês de outubro, deve ser lido por todos os pais.
"Muitos pais se preocupam com a falta de vontade de ler de seus filhos. Dizem que eles só abrem um livro quando não há mais nenhum jeito de escapar. Ler sem ser obrigado pela escola, nem pensar! O que fazer?
... Que exemplos de leitura seu filho tem em casa? Será que os pais mostram que valorizam a leitura de jornais, revistas ou livros? Será que o filho é capaz de perceber os efeitos benéficos que a leitura pode trazer?
Os pais não devem obrigar o filho a ler. Isso não funciona. O que eles devem fazer, na minha opinião, é servir de exemplo. Devem também se interessar pela leitura do filho, procurando conversar sobre o que ele está lendo. A leitura será sempre mais enriquecedora se for seguida de uma conversa sobre o que foi lido. Mesmo com crianças pequenas é possível fazer isso, chamando a atenção para aspectos que elas talvez não tenham percebido ou pedindo que falem sobre aquilo de que gostaram ou não. O livro deve se transformar num ponto de encontro entre pais e filhos, estimulando o diálogo entre eles. Não se pode esperar que a escola faça isso. Os professores podem ajudar, mas dificilmente vão modificar o comportamento que os alunos trazem de casa. Além disso, os jovens não devem ler só o que a escola manda. Os pais podem procurar outros livros, de diferentes assuntos, em bibliotecas, livrarias ou mesmo em sebos. Não é preciso ler muitos livros. O que interessa é a qualidade da leitura e não a quantidade de livros. Mas é preciso certa regularidade, para que o gosto se desenvolva.
Como se vê, ajudar o filho a gostar de ler também faz parte da educação que os pais devem dar.
Exige esforço, interesse e dedicação.
Mas vale a pena.
Incentivar o filho a ler é um ato de amor."
Nunca é tarde para começar.
Maria Guilhermina Arcoverde"
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