terça-feira, março 09, 2010

Quando a lagarta se recolhe
Ela dorme se envolve
Num casulo delicado e
Na escuridão nasce a luz
Que dá vida à borboleta
Voa cor de flor em flor!

Vamos preparar nossas crianças para a Páscoa!
Nos dias de hoje, num mundo extremamente consumista, onde as pessoas vivem constantemente sem tempo, a Páscoa, assim como as outras festas anuais, não é encarada sob um ponto de vista espiritual. Na maioria das vezes, não vivenciamos a possibilidade de deixar morrer em nós o que não queremos mais, o que já não nos serve, e também não permitimos que o novo em nós possa florescer.
Por tudo isso, durante a preparação das crianças para essa época, os educadores (pais e professores) devem ter claro dentro de si a possibilidade da vida, morte e ressurreição em hábitos, atitudes e modos de pensar. Se tivermos consciência da necessidade de cada um realizar este exercício interior, poderemos preparar coerentemente nossas crianças para a época da Páscoa e apresentar a elas símbolos repletos de significados. Só assim estaremos resgatando o real sentido da Páscoa.

A LAGARTA

Perto de uma linda floresta moravam Pedro e Maria com sua avó já bem velha. Todas as manhãs, Pedro e Maria saiam para dar um passeio pelos arredores, mas tinham muita vontade de ir para a floresta.
Um dia, pediram à vovó que os deixassem passear pela floresta e a vovó disse:
– Podem ir, mas não demorem muito.
E lá se foram os dois bem felizes passear floresta adentro.
No caminho, paravam para olhar as lindas pedras, colhiam folhas, ficavam admirando os bichos. Andaram, andaram, andaram e tão cansados ficaram que resolveram parar para descansar.
Escolheram uma árvore bem frondosa e de tronco bem grosso para poderem se encostar.
Nem conseguiram falar de tão cansados que estavam e, como estavam bem quietos, podiam ouvir os pássaros cantarem e os bichos andando pelas folhas. Mas, de repente Maria começou a ouvir um barulho estranho.
– De onde vem esse barulho, Pedro? – perguntou Maria
– Acho que é lá de cima dos galhos da árvore. Deve ser o vento. – disse Pedro
Mas depois de algum tempo Maria falou:
– Continuo ouvindo o barulho e não sinto nenhum vento.
– É mesmo. Vamos ver o que é? – disse Pedro.
Quando olharam para cima, viram uma enorme lagarta comendo muitas e muitas folhas.
– Nossa! Como ela com bastante! – disse Maria.
– Ela quer crescer e ficar forte! – disse Pedro.
Ficaram olhando encantados! A lagarta não parava de comer! Mas começaram a ter fome também e trataram de voltar logo para casa.
Andaram o mais depressa que podiam e quando chegaram em casa contara tudo o que tinham visto. Pediram para voltar outras vezes na floresta para verem a lagarta.
Alguns dias se assaram e , numa manhã, quando a neblina se foi, Pedro Maria e vovó foram para a floresta visitar a lagarta.
Ouviram o canto dos pássaros, o barulho dos bichos...
Andaram, andaram e quando chegaram até a árvore onde vivia a lagarta...
Que surpresa! A lagarta estava se enrolando! E enrola, enrola... Que lindo casulo ela estava fazendo!
Os três ali ficaram observando a lagarta. Mas, de repente, um vento frio começou a soprar, as folhas secas das árvores começaram a cair. Vovó ficou preocupada e quis logo voltar, pois quando o vento parasse, a chuva viria. Foram para casa e quando chegaram, começaram a ouvir os pingos da chuva que se aproximava.
Pedro e Maria ficaram preocupados com a lagarta. Ela ia tomar chuva, sentir frio, podia até cair do galho. Mas, vovó disse que não deveriam se preocupar, pois a mãe Natureza é sábia e nada aconteceria à lagarta.
Muitos dias depois, numa linda manhã de sol, Pedro e Maria pediram à vovó que os deixasse ir para a floresta, pois queriam ver a lagarta em seu casulo. Vovó os deixou ir.
Iam bem depressa e contentes, cantando e pulando...
Mas, quando chegarm...
– Onde está a lagarta? – perguntou Maria.
O casulo está vazio! – disse Pedro.
De repente, viram algo se mexer e tentar voar.
Era uma linda borboleta. A lagarta tinha se transformado!
Correrem felizes de volta para casa, para contar tudo para a vovó. A linda borboleta, por todo o caminho, os acompanhou. E para a floresta, depois voltou.

texto da Escola Waldorf Jardim das Amoras




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