NA PALESTINA
Em junho, no alto norte, onde é verão,
a terra expira, expira como um homem
que se exalta, que expande o coração
numa fogueira em que as fagulhas somem.
Da terra, o fogo sobe e vai chegando
ao cosmo inteiro, tal como um profeta,
tal como São João, a voz lançando,
anunciando bem alto a nova meta.
E em dezembro, ao norte, ao vir o inverno,
a Natureza inspira, e o homem sente
a nova meta como um fogo interno
com a centelha do Espírito presente.
“Preciso diminuir” – diz São João –
“para que cresça o próprio Cristo agora”.
E o homem diz: ”Recolha-se a expansão.
Recebo Cristo em mim. É a nova hora”.
EM NOSSA TERRA
Aqui, onde se deu que nós nascemos,
a terra toda pulsa diferente,
e em seu ritmo oposto nós vivemos,
e em junho é inverno para nossa gente.
A terra inspira, e a voz de São João
acorda internamente todo o povo,
aquece, abrasa cada coração
e ascende em nós a luz do rumo novo.
E, em dezembro, o verão, quando chegar,
traz o fogo do sol já flamejando,
para na terra toda irradiar
o amor que o Cristo, em nós, vai emanar.
Toda a terra é um presépio natural,
é um berço exposto ao sol, é manjedoura,
que acolhe em si Amor universal,
cuja força se expande, duradoura.
Em junho, no alto norte, onde é verão,
a terra expira, expira como um homem
que se exalta, que expande o coração
numa fogueira em que as fagulhas somem.
Da terra, o fogo sobe e vai chegando
ao cosmo inteiro, tal como um profeta,
tal como São João, a voz lançando,
anunciando bem alto a nova meta.
E em dezembro, ao norte, ao vir o inverno,
a Natureza inspira, e o homem sente
a nova meta como um fogo interno
com a centelha do Espírito presente.
“Preciso diminuir” – diz São João –
“para que cresça o próprio Cristo agora”.
E o homem diz: ”Recolha-se a expansão.
Recebo Cristo em mim. É a nova hora”.
EM NOSSA TERRA
Aqui, onde se deu que nós nascemos,
a terra toda pulsa diferente,
e em seu ritmo oposto nós vivemos,
e em junho é inverno para nossa gente.
A terra inspira, e a voz de São João
acorda internamente todo o povo,
aquece, abrasa cada coração
e ascende em nós a luz do rumo novo.
E, em dezembro, o verão, quando chegar,
traz o fogo do sol já flamejando,
para na terra toda irradiar
o amor que o Cristo, em nós, vai emanar.
Toda a terra é um presépio natural,
é um berço exposto ao sol, é manjedoura,
que acolhe em si Amor universal,
cuja força se expande, duradoura.
(Ruth Salles)
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