segunda-feira, janeiro 09, 2012

O BIG BROTHER NA LITERATURA.


         Há 12 anos, sempre em meados de Janeiro, uma nova edição de um programa mundialmente famoso, o Big Brother, é exibida. Que a audiência é enorme, que ocorrem muitas discussões e que os participantes expõem sua intimidade pelo prêmio milionário, não é mais novidade. O que poucos sabem é que a ideia de viver sob a vigilância constante do onipresente Big Brother surgiu em um romance intitulado 1984 do autor George Orwell.
As leituras possíveis desta obra são inúmeras: crítica ao totalitarismo, ao abuso do poder, à manipulação de informações históricas e do idioma, entre outras.  O autor traz para a reflexão as práticas utilizadas pelos detentores do poder político ao enxergar os indivíduos como uma peça do jogo, criados apenas para servir ao Estado.
O chefe do partido, o Big Brother, vigia a população através de “teletelas” instaladas em todos os ambientes, tanto no trabalho, quanto em casa ou nas ruas. Com a ajuda de um de seus órgãos, A polícia das Ideias, impede, pela violência e pela opressão, qualquer manifestação de descontentamento com o Estado, por menor que seja.
Ao ler 1984, é possível pensar sobre as ferramentas utilizadas para tornar o povo menos crítico.  Atualmente, a mídia é, com certeza, uma das maiores armas utilizadas para manter a população no padrão que se espera dela, ou até desviar sua atenção dos fatos que realmente importam, já que assistir às festas e namoros é mais divertido que ouvir sobre os índices de escolarização ou de violência no nosso país.  Manter a crítica quanto ao tipo de informação que realmente importa, aumenta nossa cultura e nos torna seres com maior conhecimento, capazes de melhorar não só nossa realidade, como a dos nossos semelhantes.
TEXTO: LARISSA RAMIRES DE MORAES
PROFESSORA DE LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA.

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