quinta-feira, novembro 03, 2011

PEDAGOGIA WALDORF NO THE NEW YORK TIMES

O ambiente sem computadores da escola Waldorf tem atraído pais de companhias de alta tecnologia como Google



LOS ALTOS, Califórnia. O diretor de tecnologia da empresa eBay manda suas crianças para uma escola com 9 salas de aula. O mesmo fazem funcionários de gigantes do Vale do Silício como Google, Apple, Yahoo e Hewlett-Packard. Mas as principais ferramentas educacionais dessa escola não têm nada de alta tecnologia: canetas e papel, agulhas de tricô e, de vez em quando, barro. Nenhum computador à vista. Não há nenhuma tela. Eles não são permitidos em classe, e a escola até mesmo vê com maus olhos se são usados nos lares.
Em todo o país [trata-se dos EUA], escolas têm se apressado em prover suas classes com computadores, e muitos dos que estabelecem as políticas educacionais dizem que é idiota agir de outra maneira. Mas o ponto de vista contrário pode ser encontrado no epicentro da economia tecnológica, onde alguns pais e educadores têm uma mensagem a dar: computadores e escolas não se misturam.
Trata-se da Waldorf School of the Peninsula [Escola Waldorf da Península], uma das aproximadamente 160 escolas Waldorf no país que seguem uma filosofia de ensino focada em atividade física e aprendizado por meio de tarefas criativas, com a mão na massa [2]. Os que apoiam esse enfoque dizem que os computadores inibem o pensamento criativo, o movimento, a interação humana e períodos de concentração.

O método Waldorf existe há quase um século, mas o fato de ele ter se firmado entre os técnicos do mundo digital coloca em nítida evidência um debate crescente sobre o papel dos computadores na educação.
"Basicamente, eu rejeito a noção de que apoios tecnológicos são necessários no ensino fundamental," disse Alan Eagle, de 50 anos, cuja filha, Andie, é uma das 196 alunas do ensino fundamental Waldorf, e seu filho, de 13 anos, está na 2ª parte da escola fundamental [6ª a 9ª séries na seriação oficial atual do Brasil]. "A ideia que um programa aplicativo em um iPad consegue ensinar melhor meus filhos a ler e a fazer aritmética é ridícula."
O Sr. Eagle conhece um bocado de tecnologia. Ele tem um bacharelado em ciência da computação da Universidade Dartmouth e trabalha na comunicação da alta administração no Google, onde ele tem escrito discursos para o presidente, Eric E. Schmidt. Ele usa um iPad e um Smartphone. Mas ele diz que sua filha, que cursa o 5º ano, "não sabe como usar o Google," e seu filho está justamente aprendendo isso. (Começando no 8º ano [3], a escola apoia o uso limitado dos aparelhos.)
Três quartos dos alunos daqui têm pais com uma forte ligação com a alta tecnologia. O Sr. Eagle, como outros pais, não vê nenhuma contradição. A tecnologia, diz ele, tem seu tempo e lugar. "Se eu trabalhasse na Miramax e fizesse bons filmes, artísticos, classificados como R [restritos para menores], eu não gostaria que meus filhos os vissem até que tivessem 17 anos."
Por Matt Richtell
Publicado em 22/10/11 Tradução de Valdemar W. Setzer e revisão de Sonia A.L. Setzer [1]

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